O Transtorno de Personalidades Múltiplas, também conhecido como Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), é uma condição psicológica complexa e rara, na qual uma pessoa apresenta duas ou mais personalidades distintas e bem definidas.
O conceito de personalidades múltiplas remonta ao final do século XIX, quando Pierre Janet descreveu o que ele chamou de "dissociação mental", uma condição em que a consciência, as emoções e as memórias de uma pessoa são separadas em partes isoladas. No entanto, o termo "transtorno de personalidades múltiplas" só foi cunhado em 1980, pelo psiquiatra norte-americano Cornelia Wilbur.
Hoje em dia, o TDI é classificado como um transtorno dissociativo, tanto na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) quanto no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Ambos os sistemas de classificação descrevem o transtorno dissociativo de identidade como "a presença de duas ou mais personalidades distintas, cada uma com sua própria maneira de perceber e interagir com o ambiente".
Apesar de sua classificação, o TDI continua sendo um transtorno controverso e muitas vezes mal compreendido. Alguns críticos questionam se o TDI é uma condição genuína, ou se é uma manifestação de outras condições psicológicas, como o transtorno de estresse pós-traumático ou a esquizofrenia. Além disso, alguns profissionais da área de saúde mental acreditam que a condição é fabricada ou amplificada pelos próprios pacientes.
No entanto, a maioria dos especialistas concorda que o TDI seria uma condição real, muito rara, e que os pacientes que sofrem desta condição experimentam uma separação significativa de sua identidade, devido a um trauma psicológico ou abuso em sua história de vida. A terapia para o TDI geralmente envolve a integração das diferentes personalidades em uma identidade unificada, através da psicoterapia e, às vezes, da medicação.
